quinta-feira, janeiro 25, 2007

Seremos mesmo culpados pelo aquecimento global?

Divulgação da avaliação do conhecimento científico sobre alterações climatéricas dia 2 de Fevereiro
Faltam dez dias para confirmar, ou não, a argumentação da Administração Bush de que o conhecimento científico sobre as alterações climatéricas estaria repleto de incertezas, divulgou, anteontem, o Público. Esta resposta será encontrada num relatório que irá afirmar, com mais certezas, que é o Homem o culpado pela subida da temperatura na Terra. Este documento é o quarto relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla inglesa), organismo criado pelo Programa de Ambiente das Nações Unidas e pela Organização Mundial em 1988. A cada cinco ou seis anos, o IPCC revela uma vasta avaliação da produção científica sobre o aquecimento global. Este já é o quarto relatório elaborado é realizado por 450 autores principais, 800 co-autores e ainda 2500 especialistas, na qualidade de revisores, segundo o IPCC. A 2 de Fevereiro será divulgado o primeiro volume do relatório - o "sumário para decisores políticos" - que trata da base científica das alterações climáticas. Cita-se já uma versão preliminar deste documento em jornais como o El País (espanhol), The Observer (britânico) e o jornal canadiano Toronto Star. Segundo estes jornais, este novo relatório reforça a responsabilidade humana no aquecimento global. O documento considera que é quase certo que os gases com efeito de estufa provenientes de actividades humanas são a grande causa do aumento da temperatura nos últimos 50 anos. Esta certeza não era tão grande no último relatório do IPCC, em 2001. Através deste documento, as previsões para o final deste século serão, também, mais certas. Estima-se que a temperatura média global irá subir entre 2 a 4,5 graus Celsius até ao fim do século, comparativamente à era pré-industrial. No terceiro relatório, a previsão era entre 1,4 e 5,8 graus Celsius, provando que o documento actual está mais preciso. Revelar-se-ão, também, dois aspectos positivos. O primeiro é o de que o nível do mar irá subir mais lentamente do que era suposto. O segundo é que a corrente marítima do Golfo, a qual aquece parte do hemisfério Norte, não irá ser interrompida este século, pondo de lado o cenário de um grande resfriamento de zonas muito povoadas na América do Norte e Europa. Irá haver, ainda, uma reunião de discussão sobre o sumário para decisores políticos, em Paris, de 29 de Janeiro a 1 de Fevereiro. Neste encontro, serão avaliados os comentários dos vários governos sobre a finalização do documento. O IPCC revelará, ainda, os relatórios sobre os impactos das alterações climáticas e sobre as formas de preveni-las, nos meses de Abril e Maio, respectivamente. www.universia.com.br/materia/img/ilustra/2005/out/06b.jpg

terça-feira, janeiro 23, 2007

Milhões de crianças privadas de brincar

http//:www.abi.org.br/images/giannecarvalho_criancascarvoeiras.jpg Ultrapassa os 218 milhões o número de menores que trabalham um pouco por todo o Mundo em empregos que lhes ocupam o dia quase todo, em troca de uma mísera recompensa, ficando privados da sua infância, avançou, anteontem, o Jornal de Notícias.
Não só nos países menos desenvolvidos, mas também nos mais ricos do Ocidente, estas crianças são exploradas em fábricas, nos campos, nas minas e até mesmo dentro das suas próprias casas. Segundo o Jornal de Notícias, esta questão preocupa seriamente o Vaticano que, através da Agência Fides, publicou um dossier sobre o tema. A Agência da Congregação para a Evangelização dos Povos refere que aqueles menores têm uma "vida demasiado breve", perdendo, assim, qualquer oportunidade de se dedicarem à sua escolaridade. A Agência Fides acrescenta ainda que "em muitos países, o trabalho infantil é proibido por lei, mas isso não impede que muitas crianças trabalhem até 10 horas por dia, em vez de irem à escola". Infelizmente, compramos por aí muitos produtos que chegam até nós manchados da exploração destas crianças.

Telemóveis são viciantes

90 minutos com o telemóvel ou a internet desligados é o tempo suficiente para provocar a ansiedade a um grande número de pessoas. Esta foi uma conclusão tirada de um estudo da Universidade de Florida, nos Estados Unidos, avançou, anteontem, o Jornal de Notícias.
Os telemóveis e as agendas electrónicas, cujo intuito é facilitar a vida das pessoas, está, pelo contrário, a dificultá-la. Segundo o mesmo estudo, o problema está no facto de as pessoas não terem noção da altura em que devem desligar os seus aparelhos de comunicação.
Este estudo enfatiza o número cada vez maior de pessoas que, vendo-se obrigadas a desligar o seu telemóvel, sofrem de estados de ansiedade. Assim como, caso se esqueçam deste em casa, tiram um menor partido da actividade que estiverem a exercer. A psiquiatra Lisa Merlo, professora da Universidade de Florida, destaca que "não se trata de quanto tempo passamos a falar ao telemóvel, o que é igualmente um problema, mas da necessidade de estarmos conectados para saber o que se passa e permanecermos disponíveis". "Esta é uma das características do vício dos telemóveis", acrescenta ainda Merlo, assegurando que este é diferente dos vícios do álcool, drogas ou jogo, mas que é dificíl saber exactamente qual a problemática destes aparelhos de comunicação. Imagem: http://www.agrup-eb23-amarante.rcts.pt/abelhudo_saude_telemoveis.jpg