segunda-feira, junho 04, 2007

Alerta contra a utilização de pastas dentríficas chinesas

Os Estados Unidos emitiram um alerta contra a utilização de pastas dentríficas chinesas, tendo por isso sido acusados de irresponsabilidade pelas autoridades de saúde da China. Este alerta deve-se à detecção de dietilenoglicol (DEG), uma substância tóxica usada habitalmente como anti-congelante nos motores.
A autoridade que controla os produtos fabricados na China acusa os Estados Unidos de estarem a lidar com este assunto de forma irresponsável e não científica, "não há um único registo de mortes relacionadas com o uso da pasta dentífrica", citada pela agência Reuters ao jornal Público. Garantem também que todas as pastas dentífricas exportadas para os Estados Unidos "foram aceites pela Food and Drug Administration, FDA, (organismo responsável pela autorização da venda de fármacos e outros produtos nos EUA)". Um comunicado feito anteontem pela FDA noticia que foi descoberta DEG num dos carregamentos inspeccionados na fronteira. Para além dos Estados Unidos, outros países denunciaram a presença desta substância tóxica, não só nas pastas dentríficas, mas também em xarope para a tosse. Morreram cerca de 100 pessoas no Panamá devido ao consumo de DEG, presente no xarope.

Menos vítimas nas estradas portuguesas

Nos últimos 11 anos a taxa de vítimas mortais, em acidentes rodoviários, por milhão de habitantes em Portugal baixou em 297 por cento. Não obstante, em 2006, as vítimas nas estradas portuguesas ultrapassaram as 47 mil, tendo sido contabilizados 35 680 acidentes pelas autoridades.
No ano de 1995 o índice de vítimas por milhão de habitantes foi de 271, o dobro da União Europeia, segundo dados das Estradas de Portugal (EP), revelados ontem. No ano passado este valor desceu para os 91 por cento. No entanto foi entre 2001 e 2005 que a sinistralidade rodoviária conseguiu ser reduzida para 42 por cento. Foram salvas, no ano passado, 800 vidas. Este número ainda não é satisfatório e coloca Portugal na quinta posição da Europa, precedendo-se a França, Espanha, Alemanha e Itália, informou António Pinelo, vice-presidenteda EP ontem, durante a inauguração do novo troço da A17 que liga a Marinha Grande ao Louriçal. Surpreendentemente, as auto-estradas não são os locais onde mais se registam mais acidentes, de acordo com as estatísticas da Direcção-Geral de Viação (DGV). Em 2006 foram contabilizados 35 680 acidentes com vítimas. Desde 1 de Janeiro a 31 de Março 209 pessoas perderam a vida, mais 29 do que no ano passado, no mesmo período. O atropelamento, na cidade de Lisboa, é responsável por grande parte das mortes na estrada, continuando a capital a registar o nível mais elevado de sinistralidade.

Óleos fogem à reciclagem

Um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água, causando um emorme impacto na saúde pública. Em Portugal, 30% do óleo gerado industrialmente não está a ser reciclado. Segundo os dados do ano passado, estima-se que apenas 70% do óleo foi reciclado por uma entidade licenciada pelo Estado, a Sogilub. Existem suspeitas de que os restantes 30% estejam a ser queimados em algumas indústrias, para serem usados como combustível. Este tipo de uso não respeita as regras ambientais e gera mais emissões nefastas para a atmosfera. Estes foram geridos por empresas ilegais e que não estão integradas na Sogilub, não permitindo o apuramento de dados dos resíduos. À semelhança do que aconteceu com outros resíduos, o tratamento do óleo foi entregue à Sogilub que é responsável pela recolha e reciclagem deste resíduo, normalmente utilizado por oficinas e indústrias. Esta entidade gestora utiliza também processo de regeneração para melhor aproveitamento do óleo, valorizando-o energeticamente. Para que seja possível sustentar financeiramente este sistema, cada lubrificante novo paga um ecovalor (0,063€/litro) antes da entrada no mercado. Depois a Sogilub distribui a verba pelos operadores de gestão deste resíduo. Contudo, a existência de um mercado paralelo não tem apenas implicações ambientais, tem-nas também ao nível de uma concorrência desleal, já que existem empresas que cumprem as normas e outras que operam sem as cumprir. A juntar ao facto, estas empresas não pagam o ecovalor, vendendo, mesmo assim, produtos novos.

Nova droga à base de medicamento

Uma nova droga psicoactiva está a ser investigada pelo Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT). Esta contém a Benzilpiperazina (BZP), usada em fármacos anti-lombrigas, em conjunto com uma substância de uso comum. A BZP é considerada uma droga estimulante, com efeito semelhante às anfetaminas, sendo uma substância legal. Hipertensão, taquicardia, ansiedade, convulsões, ansiedade e insónias são alguns dos efeitos secundários da BZP, que podem durar até 24 horas. Esta substância é já vendida como substituta de ecstasy. Esta nova droga foi descoberta pela primeira vez em 1999. Ainda que não haja conhecimento do seu consumo em Portugal, esta tem sido publicitada na Internet, em cerca de 13 estados-membros da União Europeia. A Autoridade do Medicamento tem a responsabilidade de regular o uso da BZP, já que esta é utilizada também como estupefaciente. No entanto, o Infarmed, conforme notícia do JN, garantiu não haver "qualquer problema" com o medicamento vendido em Portugal. "

Produto naturais legislados em 2011

São feitos à base de plantas. Resolvem todos os nossos problemas sem termos de recorrer aos habituais medicamentos. Conseguimos encontrà-los nas ervanárias e até mesmo nos supermercados. A procura é cada vez maior. No entanto, também estes medicamentos têm perigos, visto que não há qualquer tipo de legislação que defina os parâmetros da sua utilização, sem salvaguarda dos direitos do consumidor. Este lapso legislativo manter-se-à até 2011, ano em que Portugal será obrigado a adoptar a norma comunitária, de 2004, acerca de medicamentos naturais. Segundo afirma Rosa Seabra, da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto"não há duvida que as plantas têm compostos e que muitos deles têm uma acção benéfica para a saúde, não é por acaso que se fala na alimentação mediterrânica, mas é preciso conhecê-los bem", conforme notícia publicada no JN. Isto porque a composição de alguns é tóxica, tal como a cocaína ou a morfina. Para esta especialista é fulcral que se perceba a fitoterapia(estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças) como uma medicina complementar. "A Alemanha, Suíça e a França foram os primeiros a perceber esta questão, porque foram também os primeiros a terem o boom dos químicos e dos seus efeitos nefastos, por isso tentam agora equilibrar as duas situações", acrescentou. A directiva europeia servirá para esclarecer este tipo de casos, dando oportunidade ao consumidor de distinguir o que é ou não benéfico para a saúde. Os produtos à base de plantas terão de ser submetidos a um registo no Instituto da Farmácia e do Medicamento, Infarmed, de forma a possibilitar a sua autorização caso sejam portadores de indicações terapêuticas, comprovadas cientificamente. A Organização Mundial da Saúde, OMS, desde 1983 que se preocupa com este tema, levando uma campanha na qual são apresentadas fichas com tudo sobre uma planta com normas para a sua aferição.a e tem apresentado monografias - fichas com tudo sobre uma planta - com normas para a sua aferição".

domingo, junho 03, 2007

Crianças também bebem alcool

“O consumo de álcool é consentido e por vezes incentivado em meios rurais, porque ainda existe a ideia de que o álcool faz bem e dá força”. Esta foi uma declaração feita por Ismael Martins, da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) à Lusa.
Num estudo realizado a 600 joves de Grândola, concluiu-se que estes tem contacto com drogas, uma vez que, dos inquiridos, 17,5% admitiram que consumiam. Desta percentagem, 8% fumaram haxixe, 12% canábis e 62% consumiam bebidas alcoólicas. Os responsáveis das principais instituições do concelho, nomeadamente escolas, juntas de freguesia, câmara municipal e instituições de solidariedade, inquiridos no estudo, crêem que cerca de 20 por cento dos jovens consome drogas. Relativamente às famílias, estas consideram que cerca de 40% dos jovens consomem drogas e culpabilizam por esse facto os próprios jovens e as suas companhias. Pelo contrário, Ismael Martins não é tão radical e considera que a realidade é um pouco diferente, uma vez que o estudo concluiu problemas como a falta de diálogo entre gerações. “Os pais têm os filhos por perto, mas acontece que estão muitas vezes a ver televisão e não há uma comunicação adequada entre ambos", assegura o responsável da CPCJ no concelho de Grândola. foto: http://www.dw-world.de/image/0,,1041602_1,00.jpg

Acordou do coma após 19 anos

“Quando entrei em coma só havia chá e vinagre nas lojas. A carne era racionada e formavam-se filas intermináveis nas bombas de gasolina”, recorda Jan, ao falar da sua admiração quando soube do fim do comunismo e quando viu pessoas nas ruas “a falar ao telemóvel, e a queixar-se constantemente”. “Eu, pela minha parte, nada tenho a lamentar”, conta o sobrevivente ao Correio da Manhã. Quando acordou, descobriu que as quatro crianças que tinha antes de entrar em coma já eram casadas e tinham 11 netos para lhe dar. Jan conta: “foi Gertruda quem tratou sempre de mim, foi ela que me salvou a vida e eu nunca vou esquecer isso”. O funcionário dos caminhos-de-ferro do regime comunista polaco agradece à mulher, que durante os últimos 19 anos, apesar da negatividade dos médicos, esteve sempre do lado do marido sem nunca perder a esperança. “A sr.ª Gzerbska fez o trabalho de uma especialista em cuidados intensivos" afirmou o doutor Boguslaw Poniatowski, enquanto contava que ela mudava o marido de posição de hora a hora para prevenir lesões e infecções”. Após o acidente, Jan ficou com um tumor cerebral que o imobilizou por completo e fez com que perdesse a fala. Nada previa uma recuperação, mas este despertou, quando menos se esperava, no passado dia 12 de Abril. Desde então, preso ainda à cadeira de rodas, está a ser submetido a um programa de reabilitação motora para poder voltar a andar e falar fluentemente.
foto: Monika Kaczynska / Epa

Guia turístico com argumentos eróticos em Zurique

A cidade de Zurique tem agora uma brochura informativa com argumentos eróticos que incluem os seviços de clubes para adultos e as agências de "acompanhantes femininas", adianta hoje a Agência Lusa.

O director da campanha de promoção da Zurich Tourism, Maurus Lauber, adiantou ao jornal Tribuna de Genebra que não encontra qualquer razão para "fechar os olhos a uma situação que existe". Além disso, considera também que a recepção aos turistas deve ser "complet" e que estes deverão estar bem informados sobre o que há na cidade.

A brochura contém fotografias de mulheres pouco vestidas e anúncios explícitos, para além de páginas na Internet, telefones e apelativas atracções com «os melhores preços da Suíça», de forma a procurar clientes destes serviços oferecidos tanto «em hotéis como em residências privadas».

Além disso, na mesma página web do Escritório de Turismo de Zurique aparecem também indicadas direcções, horários e mapas de acesso, na categoria «clubes eróticos e serviços de companhia», na secção de vida nocturna.

Lauber esclareceu ao jornal: "Impusémos regras. Os anúncios, que devem ser simpáticos e decentes, são limitados em número. Há muita procura e não podemos inserir no folheto todos eles". O organizador da campanha, há sete anos no cargo, também declarou que este guia turístico inclui "uma dezena de ofertas eróticas e cada página custa apenas 5.000 francos" (3.000 euros) e que, desta forma, "até agora ninguém se mostrou ofendido" pois este guia "traz benefícios".

Para Lauber, Zurique estava a precisar de algo que mudasse a sua imagem. Assim, mostra-se satisfeito pois a cidade quebrou com a sua fama de «aborrecida, cheia de bancos e aberta à droga», para dar uma imagem de «tendência», onde a vida nocturna floresce, com os seus restaurantes, bares e discotecas abertas toda a noite.

sábado, junho 02, 2007

Água de qualidade de ouro em 196 praias

Foram classificadas pela Associação Nacional de Conservação da Natureza, Quercus,196 praias portuguesas com qualidade de ouro no que à água diz respeito. As zonas balneares escolhidas obtiveram sempre bons resultados nas análises da água. Estas foram escolhidas entre 2002 e 2006. Foram identificadas 18 praias com má qualidade , quatro das quais estão interditas. Com base nos registos do Instituto da Água dos últimos anos, a Quercus analisou a qualidade de 508 praias (422 costeiras e 86 interiores). Verifica-se que, em comparação com 2005, no ano passado foram detectadas mais zonas balneares com má qualidade. Na lista constam, agora, 18 (eram 13), distribuídas por todo o país, com predomínio das praias interiores.
Árvore (Vila do Conde), Arnado (Ponte da Barca), Rio Gadanha (Monção) e Faja (Horta) estão encerradas. A de Vila de Conde foi a que registou piores resultados.
Durante 2006 foram 33 as praias que obtiveram, pelo menos, um mau resultado na análise à água. Matosinhos, Ponte de Lima,Vila do Conde, Machico e Tomar são os concelhos que apresentaram duas praias comresultados insatisfatórios.
São 533 as praias com boa qualidade em Portugal continental. As praias do litoral têm níveis de conformidade maisaltos do que as do interior, já que 90% apresentam bons índices de qualidade, enquanto as interiores são apenas 58% de um universo de 50.
A classificação de qualidade de ouro foi atribuída, na perspectiva da Quercus, às 196 zonas balneares que revelaram, durante cinco anos, sempre bons resultados nas análises da água, tornando-se, assim, mais fiáveis.
A Quercus afirma queas praias continuam sujeitas à poluição. Naorigem das más qualificações estão os problemas de gestão das bacias hodrográficas e falhas no saneamento básico. Contudo, e tendo em conta que 2006 foi um ano de seca os resultados são para a Quercus, conforme veicula o JN, "muito satisfatórios".
Convém referir que esta qualificação baseia-seapenas na qualidade da água e não em parâmetros mais em abrangentes, como acontece com a classificação relativa à atribuição da bandeira azul.

Filme "Então é Assim" gera polémica

A RTP2 transmitiu, ontem, na véspera do programa Sociedade Civil, o filme de animação entitulado "Então é Assim" que tinha por objectivo ensinar "tudo o que os mais novos precisam de saber sobre como se fazem os bebés", tal como noticia o JN.
Este filme passou sem aparente polémica, porém a Confederação Nacional das Associações de Família, CNAF, que reúne misericórdias, municípios e associações, o Movimento de Pais, MOVE, opuseram-se à transmissão do filme destinado a crianças com idades compreendidas entre os oito e os 12 anos. Heduíno Gomes, da CNAF, criticou o filme dizendo ao JN que este "sobrepõe a espontaneidade dos instintos à moral, reduzindo o sexo a um conjunto de técnicas".
Por sua vez, a Associação para o Planeamento da Familia (APF) e três dos especialistas convidados pela RTP2 para comentarem o filme. Os sociólogos Fátima Forreta e Pedro Vasconcelos e o psiquiatra Daniel Sampaio consideram que o serviço prestado pela RTP2 "é de louvar".
No Sociedade Civil participou também a psiquiatra Margarida Neto (ex-coordenadora para os assuntos da família) que defendeu posições opostas às dos outros convidados. Ana Líbano Monteiro, do MOVE, afirmou em notícia avançada pelo JN, tratar-se de um filme "com imagens que poderão ferir a intimidade das crianças". Afirmou igualmente que a educação sexual "não se faz em massa", acrescentando que a exposição das posições na relação sexual "pode violentar, sem atingir o que se pretende explicar - o prazer dos pais". Esta opinião foi corroborada por Mary Ann Avillez, formadora em educação sexual e planeamento familiar do Movimento de Defesa da Vida, MDV, que considera que "as cenas das várias mudanças de posição dos pais na relação sexual podem tornar-se violentas por não terem a capacidade de transmitir as emoções e sensações experimentadas realmente"e acrescentando que "a beleza da sexualidade humana ficam empobrecidas quando apresentadas tecnicamente como animação". No entanto considera que a exposição científica é "correcta". Esta formadora defende que, "a verem este tipo de filmes, as crianças deveriam fazê-lo acompanhadas pelos pais".
Tanto Ana Líbano Monteiro como Mary Avillez elogiaram a RTP por ter dado oportunidade aos pais de ver o filme primeiro que os filhos, cabendo-lhes a decisão de os deixar, ou não, ver.
A RTP2 anunciou, durante toda a semana, a transmissão deste filme, dando opotunidade aos pais de votar. O filme "Então é Assim" não vai ser transmitido para aqueles para os quais foi pensado - as crianças.