segunda-feira, junho 04, 2007

Óleos fogem à reciclagem

Um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água, causando um emorme impacto na saúde pública. Em Portugal, 30% do óleo gerado industrialmente não está a ser reciclado. Segundo os dados do ano passado, estima-se que apenas 70% do óleo foi reciclado por uma entidade licenciada pelo Estado, a Sogilub. Existem suspeitas de que os restantes 30% estejam a ser queimados em algumas indústrias, para serem usados como combustível. Este tipo de uso não respeita as regras ambientais e gera mais emissões nefastas para a atmosfera. Estes foram geridos por empresas ilegais e que não estão integradas na Sogilub, não permitindo o apuramento de dados dos resíduos. À semelhança do que aconteceu com outros resíduos, o tratamento do óleo foi entregue à Sogilub que é responsável pela recolha e reciclagem deste resíduo, normalmente utilizado por oficinas e indústrias. Esta entidade gestora utiliza também processo de regeneração para melhor aproveitamento do óleo, valorizando-o energeticamente. Para que seja possível sustentar financeiramente este sistema, cada lubrificante novo paga um ecovalor (0,063€/litro) antes da entrada no mercado. Depois a Sogilub distribui a verba pelos operadores de gestão deste resíduo. Contudo, a existência de um mercado paralelo não tem apenas implicações ambientais, tem-nas também ao nível de uma concorrência desleal, já que existem empresas que cumprem as normas e outras que operam sem as cumprir. A juntar ao facto, estas empresas não pagam o ecovalor, vendendo, mesmo assim, produtos novos.

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